Visitando a Terrado do baile da chita
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
José Correia Fontan: Cidadão Honorário Paulo-jacintense
A Família:
José Correia Fontan, filho de Manoel Fortes Fontan e Celsa Correia Fontan,
irmão de Luzinete, Dalva, Géu, Amaral, Abelardo e Aldenir, nasceram em Maceió
onde viveu até os 19 anos, estudou no Colégio Batista Alagoano, época em que conheceu
Theobaldo Barbosa (seu professor) e Divaldo Suruagy (colega de turma), que
vieram a ser seus grandes amigos.
Casamento de Fontan celebrado pelo Padre Monteiro. Padrinhos Francisco Barbosa e Maria Luiza, Joaquim Borba e D. Eulina |
Chegou a Paulo Jacinto para trabalhar na Defesa Vegetal,
repartição Federal ligada ao Ministério da Agricultura. Foi quando conheceu e
apaixonou-se pela jovem Maria José (filha de Francisco Ferreira e D. Júlia,
irmã de Marinalva, Odete e Mano), que trabalhava na loja de tecidos do Sr.
Francisco Barbosa. Com ela casou-se e formou sua família, tendo sete filhos.
Esposo e Pai dedicado sempre comemorava com festa datas importantes,
como aniversário dos filhos e da esposa, de casamento, dia dos namorados, das
crianças, natal, etc. Na véspera de sua morte, quando ia para o hospital, sua
preocupação maior era de não "ter comprado o presente de Maria", para
comemorar o dia dos namorados.
Como pai, acompanhava os filhos na escola, participando
das festas e do aprendizado dos mesmos. Tornou-se amigo dos professores, a começar
por Onélia Mendes Freitas (mestre do jardim infantil Souza Barbosa e primeira
professora de Margarida, Maria Amélia, Renise e João Batista); Célia Barros,
Cícera, D. Iza, Francisca Correia, Júlia Teixeira, Gedalva Moraes, América
Veiga, Argentina Veiga, Vera Costa (professores do Grupo Escolar 2 de Dezembro
e do Ginásio Antônio Farias Escolas para as quais, junto a seus amigos, conseguia
melhorias e ajuda para realização de festas de formatura, passeatas e
excursões).
Sua paixão pela política fez com que ele, para contornar
uma situação, convencesse sua esposa Maria José a ser candidata a vice-prefeita
na chapa do seu compadre Sebastião Barbosa.
Fontan faleceu em decorrência de ataque cardíaco aos 44
anos de idade. Na época sua esposa era a Prefeita da Cidade (devido ao
falecimento do Prefeito Sebastião Barbosa) e seus filhos eram ainda
adolescentes e crianças.
O Político: Fontan
era apaixonado por política em sua essência. Gostava de ver o desenvolvimento
da cidade que adotou como sua e fazer o bem, principalmente aos pobres. Homem
de visão, desde sua chegada a Paulo Jacinto procurou ser amigo de pessoas importantes
como José Aurino de Barros (primeiro prefeito da cidade), professor Oliveira, Francisco
Barbosa, José Filho, Ernesto Veiga, José Chaves, José Teixeira, José Ribeiro, Mário
Costa, Antônio Aprígio, Eutrópio Vilela, entre outros.
Chegou a ser vice-prefeito no
governo de seu compadre Joaquim Borba Calado. Sempre usou sua influência junto personalidades
políticas do Estado como os Governadores Luiz Cavalcante, Lamenha Filho,
Afrânio Lajes, José Tavares e Divaldo Suruagy, o Senador Teotônio Vilela, os
Coronéis Maia Fernandes, Adauto, Pires, o jornalista Rodrigues de Gouveia e, principalmente,
a seu compadre e amigo Theobaldo Barbosa para conseguir melhorias e ajuda para
o município, o que lhe rendeu entre os seus amigos de Maceió o apelido de "pidão".
É que Fontan realmente pedia. Pediu a reforma da maternidade Marina Lamenha,
água encanada, telefone, ajuda para fundar o clube de mães, para realizar o
natal dos pobres, vagas para o internato no Colégio Bom Conselho (Maceió),
cadeiras de rodas, sementes para distribuir com agricultores, internações em hospitais,
melhorias para educação, alojamentos para excursões e tudo mais que
significasse melhor qualidade de vida para o povo de Paulo Jacinto.
Nos Governos de Afrânio Lajes
e José Tavares foi diretor da Copal e no de Divaldo Suruagy, Cageal. Nesse
período fez grandes amigos como Dr. Chagas, Dr. Severino, Dr. Malta, Dr.
Zenildo, Dr. Ib Gato Falcão, Dr. Raul de Carvalho Leite, Dr. Danilo Acioli, Dr.
José Torres, Dr. José Bernardes, Dr. Hélio Lopes, João Sampaio, Dilton Simões, Rubens
Vilar, Dalton Dória, Divanni Suruagy, e outros. Foi muito querido pelos
funcionários devido a sua simpatia e a disponibilidade para ajudar a todos que
dele precisavam.
Gostava de tudo ligado à comunicação.
Amigo de José Chaves, dono da rádio local PR Vitória, sempre a usava para anunciar
festas, chegada de autoridades e notícias de interesse do seu município. Foi também
correspondente do jornal Gazeta de Alagoas onde semanalmente escrevia notícias para
coluna Gazeta dos Municípios.
Presidente do Clube Cultural
Recreativo Paulo-jacintense, realizou animados carnavais, festas das personalidades,
show com Luiz Gonzaga e várias vezes o tradicional Baile da Chita, período em
que a festa ficou tão famosa que precisou mudar o local de sua realização para
os armazéns da Lagense, com a finalidade de melhor acomodar os visitantes da
cidade.
O povo que ele tanto amava
também soube retribuir o que recebia. Por indicação do vereador Mário Leandro
da Costa recebeu o título de Cidadão Honorário Paulo-jacintense, que o deixou muito
feliz e orgulhoso. Ficava igualmente feliz com gestos simples de pessoas
humildes, como ganhar "cozinhados" de feijão e milho verde dos que tinham
roça, ser convidado com sua família para ser padrinho de casamentos e batizados
ou patrono/paraninfo de turmas concluintes do Jardim Infantil Souza Barbosa e
do Ginásio Antônio farias, pois entendia esses gestos como de agradecimento.
Seu falecimento deixou todos
cheios de saudades e pesar, tanto que nesse ano não foi realizado o tradicional
Baile da Chita.
Homem
de Fé: Como todo nordestino, Fontan era homem de fé,
freqüentava a Igreja e foi amigo dos padres Monteira, Lourenço, Petrúcio e Frei
Cassiano, sempre ajudando, principalmente na organização das festas da
Padroeira Nossa Senhora das Graças. Conseguiu por várias vezes, a banda da Polícia
Militar para acompanhar a Procissão.
As festas por· ele organizadas, inauguração de obras ou
comemorações, sempre tiveram a presença' de Deus através de celebração da Santa
Missa ou benção do lugar, feitas por padres que se tomaram seus amigos pela frequência
com que eram solicitados.
Seu círculo de amizade incluía também D. Avelar Brandão
Vilela, Cônego Hélio Lessa, Padre Luiz Santos e Padre Pedro Teixeira.
Devoto de Frei Damião, pediu que o artista plástico José Zumba
pintasse um quadro do mesmo para colocarem sua casa. Certa vez acompanhando as
Santas Missões em Paulo Jacinto chegou a mostrar o referido quadro ao Frei que
brincou dizendo que aquele tipo de foto era mais caro (referindo-se aos outros
milhares de santinhos que eram entregues durante a peregrinação).
Igualmente devoto de Padre Cícero Romão Batista,
organizava missa campal no, aniversário de seu nascimento, e ficava impressionado
com a fé do povo e com o pagamento de promessas por dádivas alcançadas.
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